Pilares na gravidez é indicado? Veja os melhores exercícios

Imagem: Pressmaster, de envatoelements
Imagem: Pressmaster, de envatoelements

A gravidez é um momento de muitas mudanças corporais, hormonais e psicossociais - e é durante essa fase que a futura mamãe reorganiza seu dia a dia e hábitos, preparando-se para o parto e pós-parto.

Nesse momento, muitas mulheres acabam apresentando resistência com relação à prática de exercícios, seja por medo de machucar o bebê ou pelo desconforto e cansaço gerados pela gravidez. No entanto, posso afirmar que a realização de exercícios em geral é fundamental durante a gestação.

O pilates, por exemplo, além de trazer inúmeros benefícios, como alívio de dores, desconfortos e redução da ansiedade, também é um excelente aliado da gestante durante o parto normal. Quando praticado em conjunto com a fisioterapia pélvica, que tem um trabalho específico para a região do períneo e assoalho pélvico, é possível que o trabalho de parto seja mais tranquilo e a recuperação mais rápida.

Mesmo que não seja realizado um parto normal, a mulher praticante de pilates terá uma recuperação muscular muito melhor do que as que não praticaram exercícios físicos durante a gestação. E os benefícios não param na gestante, afinal, uma mãe disposta, serena e com boa circulação e condicionamento passará muito mais tranquilidade para o seu bebê.

Essa atividade para gestantes é trabalhada de maneiras diferentes, com exercícios específicos para cada trimestre de gestação, podendo ser iniciada a partir do terceiro mês de gravidez. Durante essa fase é importante que a gestante evite fazer muito esforço, além de ter muito cuidado ao realizar alongamentos, pois na gravidez as articulações ficam mais instáveis e frouxas devido ao hormônio relaxina, que é produzido nessa fase.

Mas, independente da fase da gestação, os exercícios de mobilidade são os principais, afinal de contas, as mamães sempre reclamam de dores na região lombar. Por isso é muito importante realizar esses exercícios, já que auxiliam na prevenção da dor lombar e no relaxamento da coluna. Também ajudam na prevenção e redução dos terríveis inchaços causados nesse período, além de dar muito mais disposição para as atividades do dia a dia.

No entanto, mesmo com tantos benefícios que o pilates possibilita, muitas mamães ainda sentem receio de praticar essa atividade física por medo de sofrer algum tipo de lesão. É importante lembrar que o pilates, se feito com profissionais com qualificação e de maneira correta, não causará nenhum dano nem à mãe e nem ao bebê.

Sempre oriento as minhas pacientes, porém, a pedirem autorização obstétrica para o início dessa atividade, pois fatores de risco como ameaça de aborto e pressão alta são algumas condições que levam à contraindicação do exercício. Mas não precisa se assustar: se há permissão médica, busque profissionais de confiança e se jogue!

3 exercícios de pilates para gestantes

Ponte
Essa atividade ajuda a ativar a musculatura estabilizadora da coluna lombar, além de mobilizá-la. Para gestantes isso é muito importante, pois alivia e previne dores na lombar. Para colocá-la em prática, deite de barriga para cima com os joelhos dobrados e pés apoiados com firmeza no chão. Em seguida, eleve o quadril, contraindo bem os glúteos, e volte à posição inicial. Este retorno é calmo, com consciência corporal, encostando primeiro a coluna na superfície e, por último, o bumbum.

Superman
Esse movimento tem como benefício ativar a musculatura pélvica ao mesmo tempo em que se estabiliza a coluna. Para fazê-lo, role lentamente para um dos lados e fique em uma posição de quatro apoios: mãos alinhadas com os ombros e joelhos com o quadril. Em seguida, estenda um braço para frente e a perna oposta para trás. Mantenha por cinco segundos e troque.

The cat
Este exercício é realizado no solo com a gestante em quatro apoios (apoiada sobre os braços e as pernas). Ela deve inspirar e expirar, curvando a coluna para cima e mantendo o pescoço relaxado. Esse exercício é ótimo para alongar e aliviar as dores nas costas.

Fonte: Minha Vida, escrita pela Dra. Ana Luísa Marçal Sampaio

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